terça-feira, 6 de outubro de 2009

Capitulo 5- Mudança de rumo

Antes de começar dedico este capitulo ao meu melhor amigo Gustavo Faggiani.
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Sara acordou. A fogueira agora era apenas cinzas. E seu sonho apenas lembranças. Estava apenas ela e Suz. Porem antes mesmo que pudesse se perguntar onde eles teriam ido Dan apareceu, juntamente com Will. O silencio do dia anterior foi quebrado:

-Temos que sair daqui agora. -disse Dan- Os lobos nos encontraram, não estão muito longe daqui. Temos que correr- por mais que ao dizer isso mostrasse que estavam em perigo Dan não parecia com pressa, ou com medo de ser pego.

Já com a mochila nas costas começou a correr. Todos começaram a correr. O dia estava nublado. Parecia que ia chover. A cada minuto que iam correndo a floresta ia ficando mais aberta. Will e Dan iam na frente, Sara e Suz logo atrás.E então Sara viu. Viu três lobos enormes e cinzentos, que corriam muito rapidamente em sua direção. Sara ficou petrificada pelo medo e foi necessário Dan puxa-la pelo braço pra ela correr. "Sara! Sara!" ele não parava de repetir isso, por mais que ela estivesse bem ao seu lado ele continua repetindo "Sara! Sara!". De repente ele virou para a direita bruscamente, agora a floresta se fora e só havia grama e montanhas. Mas havia uma caverna meio escondida, e foi lá que Dan entrou. Sara estava apavorada. Falava pra ele parar, "Não, vamos nos perder aqui dentro! Pare!" mais eles não iam se perder. Dan sabia exatamente pra onde estava indo, ou era o que parecia. Ele a puxou para uma fenda estreita . Não tinha saída. Dan pegou uma rocha grande que estava ao lado e com ela escondeu a pequena entrada da fenda.

Os quatro estavam lá. Num pequeno espaço sem saída, muito difícil de ser encontrado, porem se fosse, seria impossível escaparem. Dan fez um sinal para que fizessem silencio. Agora só se ouvia passos, e palavras: "Sei quem você é Sara. Sei quem você é." Sara estremeceu. A voz do lobo era áspera e afiada como uma faca: "Vou atrás da sua família, sei onde moram, apareça e nada acontecerá a eles" Sara se mexeu, Dan a segurou. A puxou para perto de si e tampou sua boca com a mão. O lobo continuou as ameaças. Nada. Sara chorava, suas lágrimas caiam na mão de Dan. Ele a segurava com força, com o braço envolvendo seu estômago.

Depois de muito ameaça-la o lobo de voz de faca saiu, e os outros dois o seguiram. Como não os encontraram concluíram que não estariam na caverna, mais continuaram procurando. Dan soltou Sara. Ela se encostou na parede, ainda chorava. Silencio. Ninguém se mexia. Os lobos foram procurar em volta, mas logo voltariam para a caverna pois não tinha outro lugar onde pudessem estar, mas começou a chover."Eles se foram " disse Dan.

-Eles vão atrás da minha família!

-Não, não vão. Não sabem onde estão, ele estava blefando, se soubesse no mínimo teria dito o nome delas.

Sara se acalmou.

-Tenho que voltar agora. Estamos seguros aqui não estamos? Tenho que voltar agora mesmo.

-Não pode. Ele não sabe onde elas estão, mais agora que ele sabe seu nome, e conhece seu cheiro ao passar pela passagem ele pode encontra-la, quando passar estará usando seus poderes e seu cheiro ficara forte o suficiente para ele acha-la, saber onde vai, e segui-la. Não pode voltar.

Sara não conseguia acreditar nisso. Recomeçou a chorar baixinho, até que percebeu algo:

-Era isso que você queria não era? Que eu não pudesse voltar. Você fez algo pra eles nos acharem e depois ficou falando meu nome, ele sabe algo sobre mim, sei que sabe, e você deu meu nome para ele! -Sara agora estava de pé. Olhava para Dan com uma raiva que nunca sentira antes. - Sabia pra onde estava indo, sabia dessa caverna, da fenda, do esconderijo. Sabia como escapar, fez tudo isso só pra mim não poder voltar e agora não posso.

Sara esperou que ele dissesse algo, se defendesse, porém não o fez. Ela queria que ele dissesse que ela estava errada. Ela queria estar errada. Achou tudo estanho, o modo de como ele a puxava pelo braço e parecia saber exatamente para onde estava indo. Entretanto, mesmo estando visível a verdade, ela ainda tinha esperança de estar errada. Ela confiava em Dan.

-Diga! Estou certa ou não estou? -Dan não respondeu, não precisou, seu olhar, seu rosto o fez.

Ele se virou e tirou a pedra que os prendia e escondia ali, antes de sair daquele pequeno local se virou para Sara: "Sinto muito". Ela nada disse, apenas fez. Um tapa. Um tapa na face de Dan, poderia ser um soco, ou um tapa mais forte, mas não era para doer, e Dan sabia, sabia o que significava. Ele saiu. Will o acompanhou.

Suz ficou com Sara. Sara passou o resto do dia ali, Suz fez companhia e a confortou, enquanto ao lado da parede de pedra estava Dan, e nada podia consola-lo.

Will falara com ele na noite anterior. O plano era simples e objetivo. Eles atraiam os lobos, porém já sabendo como fugir e despista-los. Depois de conversarem Will foi para dentro da floresta, se esfregar nas árvores, deixar seu cheiro para os lobos. E de manhã mostrou a Dan onde ficava a caverna. Chegaram pouco depois de Sara acordar. Quando Dan a viu se perguntou se poderia fazer isso com ela. Ele achou que sim. Porém ele se sentiu mau ao sentir as lagrimas dela descendo pela sua mão, ele percebeu o quanto estava chateada e se sentiu culpado. Ele não entendia porque se sentia assim. Ele nem a conhecia direito. Porém se preocupava com ela e aos poucos criou o abito de observa-la enquanto dormia.

3 comentários:

  1. Você escreve muito bem.
    Parabéns.

    Você tem o registro do que está postando? Se não tiver te aconseçho a fazer o registro no EDA ( Escritorio de Direitos Autorais).

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  2. Você escreve muito bem.
    Parabéns.²

    Como tem gente que escreve livro em blogs!! ^^

    mt legal isso!!

    http://nilmamoura.blogspot.com
    http://sociedade-urbana.blogspot.com/


    beijinhos

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